quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Lucíola

Boa Tarde leitores!
Venho aqui hoje para apresentar à vocês a primeira resenha de um livro nacional aqui do Jardim.
O escolhido para  a estreia foi um clássico do romantismo brasileiro

Lucíola
José de Alencar

Lúcia, a personagem protagonista que da nome ao romance, é uma cortesã de luxo do Rio de Janeiro do século XIX. Rica, exótica e desejada, ela desperta a paixão de Paulo, um rapaz do interior que foi para o Rio para conhecer a Corte.
Paulo na primeira vez que viu Lúcia a julgou meiga e angelical, e embora seu amigo Couto fale sobre sua profissão e seus caprichos, ele ainda conserva essa imagem da jovem cortesã. 
Paulo, encantado pela beleza de Lúcia, se aproxima, à principio apenas por diversão e para satisfazer seus desejos, mas acaba se envolvendo e aprende a amá-la. Ele não concorda com a profissão de Lúcia e por isso eles têm muitas confusões e brigas. Lúcia, que também aprende a ama-lo, sofre por sentir-se indigna do amor que ele tem por ela e acaba negando satisfazer os desejos do jovem. 
Depois de muito fazer Paulo sofrer pelo desprezo, Lúcia resolve então dedicar-se inteiramente à esse amor para que sua alma fosse purificada por ele. Ela resolve desfazer-se da vida que tinha e compra uma casa simples em um lugar sossegado. Lá ela conta sua história para Paulo fazendo assim ele entender suas atitudes em relação a ele.

Lucia surpreende não só Paulo, mas os leitores também com sua história começando por seu verdadeiro nome:

Maria Glória era uma menina de apenas quatorze anos quando toda a sua família caiu doente de febre amarela, ela desesperada para salvar sua família deixa-se levar pelas palavras de Couto e lhe vende seu bem mais precioso: sua virgindade.
Seu pai quando descobre à põe pra fora de casa. Ela finge então sua própria morte assumindo o nome de sua amiga Lúcia que acabara de falecer. Agora, com o dinheiro que ela ganhava como cortesã, ela bancava os estudos de Ana, sua irmã mais nova.
Como o romance foi escrito na época do Romantismo no Brasil, é claro que José de Alencar não poderia deixar Lúcia viva, devido aos padrões morais da época.
Lúcia engravida e percebendo que iria morrer pede a Paulo que se case com sua irmã. Como Paulo nega o pedido ela se nega à fazer o aborto e morre. Paulo passa a cuidar de Ana como um pai.
Cinco anos depois da morte de Lúcia, Ana casa-se com um homem de bem e Paulo continua triste pela morte de sua amada.

Lucíola é o quinto romance de Alencar e o primeiro da trilogia que ele denominou de "perfis de mulheres" (Lucíola, Diva e Senhora). Situa-se entre seus romances urbanos que representam um levantamento da nossa vida burguesa do século passado. A obra, publicada em 1862, é um romance de amor bem ao sabor do Romantismo, muito embora uma ou outra manifestação do estilo Realista aí se faça presente. Trata-se de um romance de "primeira pessoa", ou seja, o narrador da história é um personagem importante da mesma, Paulo Silva. E ele a narra em cartas dirigidas a uma senhora, G. M. (pseudônimo de Alencar), que as publica em livro com o título de Lucíola.

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